A venda da divisão de pet food vai ajudar a BRF a desalavancar seu balanço. No final do terceiro tri, a dívida líquida da BRF era de R$ 14,8 bilhões, ou 3,26x o EBITDA dos últimos 12 meses. A BRF reporta seu quarto tri amanhã depois do fechamento.
BRF quer vender negócio de pet food. Nestlé é favorita
A BRF está engajada em vender seu negócio de pet food, uma transação que pode chegar a R$ 2 bilhões e está sendo liderada pelo Santander. O esforço de venda foi reportado segunda-feira (27) à tarde pela Bloomberg. Apesar disso, a ação da BRF fechou o dia estável a R$ 6,47.
Entre os bancos, a Nestlé é tida como o comprador mais provável, já que há poucos grupos que operam no segmento com fôlego para uma operação desse porte. A Nestlé também já mostrou interesse pelo ativo. Em meados de 2021, ela perdeu para a BRF a disputa pelo Grupo Hercosul. Naquela ocasião, era o próprio Santander que tinha o mandato de venda da empresa gaúcha – o que explica o banco ter sido contratado agora.
A venda da divisão de pet food vai ajudar a BRF a desalavancar seu balanço. No final do terceiro tri, a dívida líquida da BRF era de R$ 14,8 bilhões, ou 3,26x o EBITDA dos últimos 12 meses. A BRF reporta seu quarto tri amanhã depois do fechamento.
Do lado da Nestlé, o segmento de pet food foi o que teve o maior crescimento orgânico no ano passado, e é considerado estratégico para os suíços, principalmente na América Latina. A necessidade de desalavancagem coloca a BRF em um dilema. A venda do negócio de pet food ajuda a aliviar um problema de curto prazo, mas em detrimento de uma estratégia de longo prazo numa operação que tem margens maiores.
A estratégia por trás das aquisições era buscar margens maiores, menos volatilidade nos resultados, menor exposição ao ciclo das commodities e sinergia de custos, dado que parte dos insumos são originados na própria operação da companhia. Para efeito de comparação, no terceiro tri a margem EBITDA da BRF foi de 9,8%. Já a margem do segmento de pet food ficou acima de 20%.
Fonte: Brazil Journal
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