
Crédito: Sebrae RS
Carne ovina brasileira: oportunidade de mercado com os países árabes
Com um rebanho nacional de mais de 19 milhões de animais conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a carne ovina tem importante potencial para expansão para além das fronteiras brasileiras.
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Ásia e o Oriente Médio são os maiores importadores de carne ovina
Dentre os países onde esta proteína é fortemente consumida, destacam-se os árabes e muçulmanos. Segundo o Relatório da OCDE-FAO Perspectivas Agrícolas 2021-2030, sobre o crescimento no consumo global de proteína de carne, a previsão é de que o consumo global de carne ovina crescerá 15,7% até 2030.
Atualmente, a Ásia e o Oriente Médio são os maiores importadores de carne ovina da Austrália (um dos maiores produtores de carne ovina).
O Brasil é líder em exportação de proteína halal, especialmente das carnes bovina e de frango. Porém, ainda não tem tradição nas exportações de carne de ovinos. Mas em 2021 embarcou para o exterior 62 toneladas e faturou US$ 531 mil, o que representou alta de 11,6% no volume embarcado quando comparado a 2020.
Diante desse cenário e um novo nicho a ser explorado, a carne ovina, que faz parte da cultura culinária de países árabes e muçulmanos, tem potencial promissor para os produtores brasileiros. Na Arábia Saudita, por exemplo, quase 10% do total de proteína consumida é ovina.
Brasil tem relação de credibilidade com países árabes
O Brasil já consolidou uma relação de credibilidade com os países árabes. As normativas sanitárias e as certificações realizadas pelo País comprovam a segurança nos produtos comercializados junto aos consumidores de religião islâmicas. Além disso contamos com uma logística estabelecida pelos embarques de outras carnes, o que poderá facilitar e fomentar a exportação de carne de ovinos.
“O mercado halal é amplo e promissor. Com quase 1/3 da população mundial e com movimentação de mercado em torno de US$ 5,74 até 2024.
Esses países estão ávidos por parceiros comerciais que oferecem qualidade e segurança em seus produtos. Já conquistamos esse espaço com as carnes bovinas e de frango, tornando o Brasil líder global em exportação halal dessas proteínas.
Com as portas já abertas para nossos produtos, a entrada de proteínas como a ovina, que é uma demanda existente e crescente nesses países, torna-se uma realidade possível e promissora”, explica o diretor de Operações da CDIAL Halal, Ahmad M. Saifi.
Proteína halal – O abate halal em ovinos segue o mesmo protocolo utilizado em bovinos e aves, respeitando a jurisprudência islâmica e valorizando o bem-estar do animal.
E, além do abate, o processo de certificação analisa toda a cadeia, como a matéria-prima, insumos, transporte e armazenamento. A certificação garante que não haja contaminação cruzada com produtos ilícitos, como a carne suína.
CDIAL Halal – É a certificadora da América Latina acreditada pelos órgãos oficiais dos Emirados Árabes (EIAC) e do Golfo (GAC). Isso confere seriedade e competência nos segmentos que atua.
Esta certificação é aceita em todo o mundo, inclusive nos países de maior população muçulmana como Malásia, Indonésia, Singapura e Golfo Pérsico (ou Golfo Árabe).
Por: LN Comunicação
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