11 Jan 2022

São Paulo prepara a pecuária paulista para o fim da vacinação de febre aftosa

O Estado de São Paulo é reconhecido como Área Livre de Febre Aftosa com vacinação pelo MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e pela Organização Mundial de Epizootias (OIE).

O último foco de febre aftosa no Estado ocorreu há 26 anos. Os índices de imunização contra a febre aftosa dos rebanhos paulistas de bovinos e bubalinos têm sido superiores a 98% nos últimos anos. A pecuária paulista tem um rebanho aproximado de 11 milhões de cabeças e se destaca no panorama brasileiro e internacional devido ao nível de qualidade e segurança sanitária.
Esses números são bastante positivos e foram alcançados, em grande parte, graças ao pecuarista, que realizou com eficiência a imunização dos animais durante as campanhas movidas pelos órgãos sanitários. A qualidade da produção está no mesmo nível dos melhores do mundo, e por isso tem espaço nos mercados mais rigorosos. Agora, a meta é investir na evolução do status sanitário do Estado para o fim da imunização.

Mas por que deixar de vacinar?
Em tempos que vacinas são tão importantes, pode parecer estranho ter como meta a suspensão da imunização. Mas, nesse caso, não é simplesmente deixar de vacinar, e sim criar condições de cuidados sanitários e de vigilância bastante exigentes e eficientes, de modo a continuar combatendo a febre aftosa na pecuária sem que a vacinação seja necessária.
Estado de São Paulo O Estado de São Paulo é signatário do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância Para a Febre Aftosa (PNEFA), que tem como meta principal a declaração do país como área livre da doença sem vacinação até 2026. Sete estados brasileiros já conseguiram essa certificação: Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia, parte do Amazonas e do Mato Grosso.

Vantagens econômicas: ampliar exportações

Manter a febre aftosa nos rebanhos sob controle sem o uso de vacinas poderá permitir ao produtor comercializar para países que pagam mais pela carne bovina – como Japão e Coreia do Sul, dentre outros que compram mais ou somente de países do circuito não-aftósico (sem uso de imunizantes).

Ao receber a certificação de zona livre de aftosa sem vacinação, o Estado de São Paulo terá condição de competir por maior espaço nesses mercados. Além de possibilitar a ampliação do mercado internacional, a retirada da vacinação impactará diretamente na redução de custos para o setor produtivo, o que se reflete no preço final para o consumidor.
Haverá o corte dos gastos com o imunizante – que não é muito alto (hoje está em cerca de R$ 2,00/dose), mas é um valor multiplicado pela quantidade de animais na propriedade – e de outros custos relacionados ao processo de vacinação.
Com a imunização não sendo necessária, evitam-se também situações de estresse com o manejo do gado, bem como eventuais acidentes com animais e trabalhadores rurais. Vale destacar que continua valendo o empenho dos produtores em relação à imunização contra outras enfermidades.

nuproxa esp
banner special nutrients

Melhor qualidade do produto
A febre aftosa afeta bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos, causando prejuízos na comercialização de produtos pecuários. A doença exige esforços contínuos (e despesas!) dos produtores rurais e das autoridades sanitárias para sua prevenção e erradicação.
Em relação ao mercado de carne suína, é grande o interesse por parte dos mercados asiáticos, por isso os protocolos sanitários empregados para o fim da vacinação poderão ser aproveitados para essa proteína com grande vantagem para a cadeia de produção e comercialização.
Outra vantagem com a retirada da imunização é quanto à necessidade de remoção de abcessos que surgem como resposta imunológica no organismo dos animais. Após o abate, esses abcessos têm de ser removidos da carne, gerando desperdício. Sem o uso de vacinas, eles deixarão de surgir.
Atingir a condição de zona livre de aftosa sem vacinação mostra para o mercado nacional e internacional a responsabilidade para com questões de sanidade animal e, consequentemente, a preocupação com o consumidor. Demonstra ainda a existência de um serviço de defesa agropecuária forte, com cuidadosEstado de São Paulo sanitários rígidos e eficientes, pronto para enfrentar adversidades.
Na conjuntura da questão sanitária, o Estado de São Paulo foi pioneiro em estabelecer programas de capacitação e comunicação, bem como iniciativas para a vigilância epidemiológica, e a FAESP é a principal entidade do setor privado nas discussões do PNEFA com o poder público e com os produtores. Fábio de Salles Meirelles, presidente da Federação, contextualiza a importância de o produtor para o Estado ter atingido a imunização total dos rebanhos.

“Os pecuaristas vêm executando com responsabilidade sua função de garantir a imunização e a rastreabilidade dos animais para que tudo fique sob controle”, diz presidente da Federação.

Fonte: Assessoria de imprensa FAESP

agriCalendar
banner special nutrients
biozyme robapagina
nuproxa esp
banner special nutrients
biozyme robapagina
nuproxa esp
agriCalendar
Relacionado con Controle sanitário
Últimos posts sobre Controle sanitário
biozyme robapagina
banner special nutrients
agriCalendar
nuproxa esp

REVISTA NUTRINEWS BRASIL
ISSN 2965-3371

Assine agora a revista técnica de nutrição animal

PARTICIPE DE NOSSA COMUNIDADE NUTRICIONAL

  • Acesso aos artigos em PDF
  • Mantenha-se atualizado com nossos boletins informativos
  • Receba a versão digital da revista gratuitamente
DESCUBRA
AgriFM - O podcast do sector pecuário em espanhol
agriCalendar - O calendário de eventos do mundo agropecuárioagriCalendar
agrinewsCampus - Cursos de formação para o setor pecuário.