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22 Mar 2024
Indústria de etanol de milho reforça aposta na exportação de DDG
Os grãos secos de destilaria (DDG, na sigla em inglês), farelo de milho utilizados como ração animal, emergem como a grande aposta da indústria brasileira de etanol de milho para conquistar o mercado externo.
Com a produção do biocombustível em ascensão, o setor quer levar o subproduto a outros países. Para isso, foi criada uma marca com a intenção de divulgar o DDG, além de contar com o apoio estratégico da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), por meio de um convênio com validade até 2025.
Os objetivos foram apresentados pela gerente de relações internacionais da União Nacional de Etanol de Milho (Unem), Andrea Verissimo, durante a Conferência Internacional Unem Datagro sobre Etanol de Milho, realizada ontem, 21, em Cuiabá (MT).
As exportações de DDG têm crescido rapidamente, praticamente dobrando em receita, de US$ 91 milhões em 2022, com 279 mil toneladas, para US$ 181 milhões em 2023, com 609 mil toneladas. Apenas no primeiro bimestre de 2024, o faturamento com os embarques do DDG já atingiu US$ 32 milhões, de acordo com a Unem.
O Vietnã representou 43% das exportações de DDG pelo Brasil em 2023, sendo identificado como um dos principais mercados potenciais para a exportação pela Apex-Brasil e pela Unem, juntamente com outros países asiáticos, como China, Indonésia e Tailândia, além de Espanha, Reino Unido, Turquia e Nova Zelândia.
- “Estamos direcionando nossos esforços para países com grandes rebanhos, trabalhando em conjunto com a Apex para identificar mercados prioritários”, explicou a gerente de relações internacionais da Unem.
Durante o evento em Cuiabá, a associação também lançou a marca do produto, visando seu reposicionamento. Ela é caracterizada pelas cores verde e dourado, com um nome para o projeto – Brazilian Distillers Grains (Grãos de Destilaria Brasileira) – e o slogan Future of Animal Nutrition (Futuro da Nutrição Animal).
Segundo a entidade, encontrar destinos para o DDG é crucial, uma vez que a produção de etanol de milho aumenta a disponibilidade desse subproduto, que também pode ser utilizado como ração animal.
Para promover o DDG, a estratégia envolve reforçar os pilares da segurança energética e alimentar, como destacado pela gerente de relações internacionais da Unem.
“Trata-se de uma economia circular, com a produção simultânea de um combustível renovável, o etanol de milho”, afirmou Veríssimo.