Alimentar suínos com dietas de baixa proteína suplementadas com aminoácidos individuais (AA) tem sido sugerido como uma estratégia dietética para reduzir a excreção de N. Atualmente, o nitrogênio proveniente das excretas dos animais de produção tem sido considerado um dos grandes poluentes dos lençóis freáticos.
Dietas com proteína ligeiramente reduzida, ou seja, dietas com ≤ 4 unidades percentuais de proteína bruta reduzida (PB) suplementadas com AA (isto é, Lys, Met, Thr e Trp) foram consideradas para leitões desmamados, em crescimento e terminação sem influência negativa em seu desempenho de crescimento que não apenas reduzem a excreção de N e o custo da alimentação, mas também diminuem a diarreia pós-desmame.
Dietas de baixíssima proteína com > 4 unidades percentuais reduzidas de PB podem reduzir significativamente a perda de N e a poluição ambiental; no entanto, essas dietas limitam o crescimento dos suínos desmamados, em crescimento e em terminação.
Deste modo, é necessário o desenvolvimento de novas estratégias dietéticas que melhorem o crescimento de suínos alimentados com dietas de baixíssima proteína e assim propiciar a aplicação dessas dietas em nível comercial, visando a redução da excreção de N e a manutenção do desempenho dos suínos.
Para tentar solucionar essa questão, cientistas da Oklahoma State University realizaram um experimento com o objetivo de avaliar a eficiência de crescimento de suínos alimentados com dietas restritas em proteínas e suplementadas com aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA) e aminoácidos limitantes (LAA) acima dos níveis recomendados.
No experimento foram utilizados 48 machos castrados desmamados com 3 semanas de idade.
Após 2 semanas iniciais de adaptação, os leitões foram atribuídos aleatoriamente a 6 tratamentos dietéticos por 4 semanas:
Consumo de ração e peso corporal
Em comparação com o grupo controle positivo, ou seja, dieta basal com teor de proteína padrão, os suínos alimentados com controle negativo, ou seja, dieta basal contendo LAA (Lys, Met, Thr e Trp) nos níveis de recomendação do NRC (NRC, 2012), tiveram níveis mais baixos (37 % a 55%) de consumo de ração nos dias 8 a 28 do estudo.
O consumo de ração dos suínos no grupo que recebeu LAA e BCAA 50% foi de 39% e 82% a mais no d 18 e 20, respectivamente, em comparação com os suínos que receberam apenas LAA 50%, sem BCAA.
O ganho de peso dos suínos do grupo controle positivo, ou seja, dieta basal com teor de proteína padrão, foi o maior observado dentre os grupos, seguida pelos grupos CN contendo LAA e BCAA 50% a mais do que a recomendação do NRC, que foi seguido pelo grupo CN contendo LAA e BCAA 25% a mais do que a recomendação do NRC e controle negativo contento aminoácidos nos níveis recomendados. Não houve diferença entre os dois grupos que receberam LAA a 25 e 50% a mais que o recomendado. Sendo importante observar que as diferenças observadas se tornaram mais marcantes do 21 ao dia 28 do experimento.
Os autores concluíram que a suplementação de BCAA e L AA para dietas com baixa proteína, recuperou parcialmente a ingestão de ração, o peso corporal e a concentração sérica de IGF-I, aumentou as concentrações plasmáticas de BCAA e a abundância de mRNA do hipotálamo. Assim, o crescimento induzido por BCAA provavelmente ocorre através de IGF-I, ingestão de ração e mudanças na serotonina e seus receptores, perfis de aminoácidos no sangue e abundância de neuropeptídeo hipotalâmico Y. Os dados da pesquisa fornecem evidências de que os fatores periféricos e centrais estão associados ao crescimento induzido por BCAA em suínos alimentados com dietas restritas em proteínas. Mais pesquisas são necessárias para caracterizar as vias pelas quais os BCAA regulam o consumo de ração e o crescimento. |
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As informações desse texto foram retiradas do artigo intitulado “Branched-chain amino acids partially recover the reduced growth of pigs fed with protein-restricted diets through both central and peripheral factors” com autoria de:
Mohammad Habibi; Cedrick Shili; Julia Sutton; Parniyan Goodarzi; Excel Rio Maylem; Leon Spicer; Adel Pezeshki
Department of Animal and Food Sciences, Oklahoma State University, Stillwater, OK, USA
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