Investimento em pesquisa, redução da carga tributária, crédito abundante e agilidade na concessão de licenças ambientais, pois chega do Brasil ser o maior inimigo de si mesmo.
Produção mundial de alimentos
O mundo vive uma crise alimentar sem precedentes na história da humanidade, pois produzir comida em quantidade, qualidade e preços competitivos passou a ser um enorme desafio para todos os países.
O elevado grau de interdependência comercial acendeu um alerta nos governos. Com isso a pergunta é: como garantir o abastecimento interno sem precisar de ninguém? Nesse quesito, talvez a única nação capaz de ser autossuficiente na produção de alimentos seja o Brasil.
Temos quase tudo o que precisamos para sermos o ponto de equilíbrio global em segurança alimentar. Em suma, temos gente competente, tecnologia de ponta, energia em grande quantidade (e de todos os tipos) e muita terra agricultável.
Vejam o dilema da Europa. A crise na oferta de fertilizantes está se aprofundando e mais de dois terços da capacidade de produção foi suspensa por conta da disparada dos preços do gás natural. Esse foi o reflexo direto e imediato da invasão russa na Ucrânia.
Isso representa uma ameaça real para agricultores e consumidores daquele continente. Um problema que também nos atinge diretamente, uma vez que somos grandes importadores de adubo. Aí reside o “talvez” do Brasil vir a ser tudo aquilo que sonhamos.
Se há uma guerra tradicional sendo disputada na Europa, temos que travar a nossa guerra interna: preparar o Brasil para produzir todo o fertilizante de que precisa! No entanto, para que isso aconteça de forma rápida será necessário um ambiente regulatório e econômico totalmente favorável
Investimento em pesquisa, redução da carga tributária, crédito abundante e agilidade na concessão de licenças ambientais, pois chega do Brasil ser o maior inimigo de si mesmo.
Por outro lado, internamente vivemos um momento crucial para o futuro do agronegócio. Ou seguimos com um governo que respeita o produtor rural em sua plenitude. Ou seremos governados por um grupo político que adjetiva o homem do campo de “fascista” e destruidor do meio ambiente.
Um partido que enxerga no MST o modelo de desenvolvimento a ser seguido. Por causa disso, muito do que seremos ou não na área da produção agrícola será definido nos próximos dias, relata o advogado Néri Perin, especialista em Direito Agrário.
Fonte: Néri Perin
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