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04 Mar 2022

44% dos cargos de liderança da Elanco Saúde Animal são ocupados por mulheres

A empresa reúne múltiplos talentos femininos em seu quadro de funcionários que, a partir de muito empenho, dedicação e resiliência, hoje ajudam a construir a história da Elanco e do setor de Saúde Animal no Brasil. Conheça as histórias de seis mulheres que são exemplos disso e que vêm rompendo barreiras e gerando impactos em várias frentes.
A Elanco Saúde Animal reúne hoje em seu quadro de profissionais 44% de mulheres em cargos estratégicos e de liderança. O mais alto deles, a direção geral, desde o ano passado segue as diretrizes de uma mulher, a única a liderar atualmente uma multinacional do setor no Brasil.
“Este percentual é bastante significativo para a indústria do segmento e é fruto dos nossos esforços em fazer da diversidade muito mais que um discurso. Temos muito o que avançar e estamos trabalhando para isso”, explica Fernanda Hoe, médica-veterinária, há 9 anos na Elanco, e hoje General Manager da afiliada brasileira da empresa.
O Comitê de Inclusão e Diversidade da Elanco, composto por pessoas com diferentes origens, formações, visões de mundo e experiências de vida, juntamente com a alta liderança, mantêm a diversidade e a inclusão no radar diário da empresa, como fatores essenciais ao bem-estar das pessoas e ao sucesso do negócio.
“As pessoas do Comitê são profissionais que voluntariamente zelam para assegurar representatividade na Elanco. No que diz respeito às mulheres, somos um verdadeiro celeiro de talentos muito diferentes entre si, cujas histórias se complementam, se fortalecem e são inspiradoras na empresa”, diz Adriana Santana, diretora de Recursos Humanos para Brasil e Cone Sul da Elanco.
Contamos com a experiência de profissionais refugiadas de países em crise humanitária; de talentos prodígios, em uma geração que surge forte e combativa nas questões ambientais, ao lado de mulheres que inauguraram o ingresso no ensino superior dentro de suas famílias, há muito tempo”, exemplifica Adriana.

Conheça abaixo algumas dessas incríveis e inspiradoras histórias de mulheres que fazem a Elanco Saúde Animal no Brasil.

Fernanda Hoe
Quando liderança e voluntariado caminham juntos
Aos 42 anos, foi eleita pela Forbes uma das 100 mulheres mais poderosas do agro no Brasil. Fernanda assumiu, em setembro, como CEO da subsidiária da Elanco Saúde Animal Brasil. É a primeira mulher a ocupar o posto mais alto de uma multinacional de saúde animal no Brasil.
Médica-veterinária formada pela Universidade do Estado de São Paulo (Unesp — Botucatu), Fernanda tem mestrado em qualidade do leite pela Universidade de Wisconsin, nos Estados Unidos, e MBA na Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O voluntariado é uma parte importante da vida da Fernanda. Dentre outros projetos, participa do Leite para um Futuro Melhor para garantir o acesso das crianças carentes ao leite. Também faz voluntariado no Instituto Fazendo História, com crianças em situação de acolhimento institucional e familiar para ajudá-las a elaborar suas próprias histórias.
“Pude acolher uma bebezinha em casa por quase dois anos. Ela morou comigo desde os quatro meses de idade até sair andando”, afirma. “Foi um período de maternagem no dia a dia, conciliando com as questões profissionais. Voluntariado nesta área demanda bastante tempo e dedicação, mas é extremamente recompensador, principalmente para quem pratica.”
Para manter corpo e mente saudáveis, Fernanda não abre mão de se exercitar. Pratica natação “a vida toda”, começou a pedalar durante a pandemia e faz pilates há uns 10 anos.

protagonismo femininoLea Misenga
Profissional Elanco e refugiada devido à perseguição política na República Democrática do Congo
Em 2015, Lea veio da República Democrática do Congo junto com seus pais e seis irmãos para buscar a segurança que já não tinha em sua terra natal.
“Meu pai era funcionário público e conselheiro do Primeiro-Ministro. Nós recebíamos várias ameaças e nossa casa chegou a ser invadida, e mesmo tendo uma escolta militar, ela não era confiável. O clima de medo e insegurança era muito forte em nossa família, levando meus pais a optarem por buscar refúgio em um outro país.” contou Lea.
Chegando ao Brasil, as dificuldades continuaram, como a obtenção de documentação definitiva e as barreiras naturais da língua. A busca por recolocação também não foi fácil. “Mesmo meus pais sendo pós-graduados, a validação de diploma é algo muito burocrático e caro por aqui”. Ficaram dois anos procurando emprego e apenas as suas duas irmãs mais velhas conseguiram com o apoio do PARR – Programa de Apoio de Recolocação de Refugiados.
Na Elanco desde 2019, Lea ingressou na equipe como menor aprendiz. “Aqui todo mundo me olha como a Lea, não como a refugiada. Eu sou valorizada e as minhas origens também”. Lea, que hoje ocupa o cargo de Intercompany Services Assistant da Elanco, faz parte dos Comitês de Diversidade e Inclusão da Elanco e de Responsabilidade Social Corporativa, onde ajuda a promover discussões sobre temas nos quais está imersa.
“Não tenham medo de conhecer e acolher um refugiado. Não se sintam ameaçados, por mais que sejam pessoas de diferentes culturas e origens. O diferente só é assustador quando não se tem informação. Para quem conheceu o ódio, qualquer gesto de amor significa muito”.

protagonismo femininoAdriana Santana
Ajudando a mudar a realidade das mulheres da Elanco
Paulista nascida em Fernandópolis, Adriana, hoje Diretora de Recursos Humanos na Elanco, vem de uma família que como muitas no Brasil atravessaram grandes dificuldades, mas com apoio de outras pessoas, amor, perseverança e criatividade, conseguiram vencer barreiras e estão escrevendo uma história vitoriosa.
“Quando eu era pequena, meus pais decidiram vir para São Paulo em busca de uma vida melhor. O começo foi muito difícil e nós moramos de favor na casa de um amigo do amigo por algum tempo. Com o tempo, meu pai, mesmo sem faculdade, conseguiu se estabilizar profissionalmente e dar estudo para mim e para minha irmã. Minha mãe, por sua vez, nunca trabalhou como CLT, o que não quer dizer que ela ficava parada! Pelo contrário. Cuidava das crianças das vizinhas que trabalhavam fora, fazia transporte de crianças para escola, ajudava o pessoal do trabalho do meu pai, indo para eles ao banco fazer pagamento das contas. Com eles, aprendi a valorizar cada conquista, por menor que pudesse parecer. Com eles, aprendi a não reclamar, a não ter preguiça, a não criar problema onde não existe”.
Adriana conseguiu entrar na USP e cursou Letras. “Se eu não entrasse lá, não faria faculdade. A saída seria estudar mais um ano para tentar de novo, pois não tínhamos como pagar a universidade”. Também tem pós-graduação em Relações Internacionais e Administração. Em sua carreira profissional já fez de tudo um pouco: “Meu 1º cargo foi na Lilly, como auxiliar de enfrascamento. Eu lavava frascos de medicamentos na área de injetáveis. Depois, passei a supervisora da área de embalagem. Mas durante o período que fui funcionária da área de manufatura, inúmeras vezes estive fora da área cobrindo trabalho de outras pessoas (era a forma que a empresa tinha de dar oportunidade de desenvolvimento). Trabalhei como recepcionista, secretária e cobri férias de analistas em diferentes setores. Depois disso, trabalhei em planejamento de produção, importação/exportação, contas a pagar, finanças e só então migrei para RH. À medida que fui evoluindo na minha carreira, passei a liderar equipes e ter um contato mais próximo com a área de RH, me interessei e comecei a trabalhar para conseguir migrar para o setor”.
Seu maior orgulho, conta, foi ter ajudado a provocar a mudança em relação à diversidade na Elanco. “Quando comecei na Elanco, quase não tínhamos mulheres no quadro de funcionários. Estabeleci métricas e sempre colocava uma mulher dentre os finalistas para as vagas em aberto. Hoje, já estamos em outro patamar quando falamos nesta frente e apenas monitoramos. Já é algo natural dentro da Elanco.”

Camille Cristina
18 anos, presença forte e jovem na COP 26
Com apenas 18 anos, Camille Cristina já fez parte de discussões internacionais, fundamentais para ajudar a salvar a vida do planeta!
Cursando bacharelado em Relações Internacionais e com formação complementar em Circular Business na Universidade Externado da Colômbia, Camille tem um fellowship na organização Youth Climate Leaders e foi articuladora do Engajamundo, uma organização da juventude, no time de advocacy por mudanças climáticas.
Junto com outras lideranças juvenis, Camille participou da COP 26, onde fez parte de movimentos que pressionaram os tomadores de decisão a incluírem as demandas e perspectivas da juventude e de justiça ambiental nos acordos.
“Além das minhas atividades profissionais, direitos humanos e justiça social são tópicos extremamente importantes para mim, então estou constantemente buscando me engajar com projetos e atividades nessas temáticas, o que me levou a co-criar um coletivo universitário focado em equidade racial para pessoas negras e indígenas e a realizar pesquisas no campo de erradicação da pobreza.”

protagonismo femininoRosemary Vidor
Equilíbrio com a maternidade e paixão por ajudar novos talentos
Médica-veterinária pela UFRGS, desde o início da faculdade Rosemary Vidor focou na produção de suínos. Seu primeiro emprego foi em uma cooperativa, onde era responsável pela produção, sanidade e manejo das granjas das cooperativas.
Parte de uma família grande, com cinco filhos (três mulheres e dois homens), Rosemary teve sua maior lição de igualdade de gênero em casa. “Meus pais sempre trataram os filhos com direitos e deveres iguais. Não havia diferenciação de trabalho por ser homem ou mulher. Existia por idade — conforme ficávamos mais velhos, tínhamos mais responsabilidade, mas todos tinham que ajudar nas rotinas da casa. Isso me preparou para não aceitar diferenciação em relação à expectativa de trabalho por uma questão de gênero”.
Com a família, também aprendeu a sempre buscar o novo. “A minha mãe tem 80 anos e está constantemente em busca de novas tecnologias. Quer saber qual o último lançamento em smartphones, entra em redes sociais. Essa, para mim, é uma lição de vida — de estar sempre aberta ao novo”.
Rosemary está na Elanco há 15 anos. Entrou em 2007 como técnica de suínos, e enxergou uma oportunidade de transição de carreira. Foi técnica, gerente de produto de suínos e aves, nutrição, responsável em projetos estratégicos, inteligência de mercado, digital, no Brasil e América Latina. Hoje é Diretora de Marketing para o Brasil e Cone Sul.
Há 11 anos é mãe — e a maternidade é um de seus maiores orgulhos: “É uma honra e uma tarefa de muita responsabilidade ser mãe. Gerar um indivíduo é entender que ele precisa de você para se desenvolver, física e mentalmente”. Além disso, a maternidade é uma lição: “ser mãe me trouxe mais foco. Antigamente eu ocupava meu tempo quase unicamente com trabalho. A maternidade me ensinou a ter equilíbrio na vida”.
Outra coisa que a orgulha é ver o desenvolvimento das pessoas que trabalham com ela. “Eu me realizo em ver pessoas lideradas por mim crescendo na carreira. Adoro quando estagiários ou pessoas com cargo mais júnior sentam comigo e me pedem opinião em relação à vida profissional. É gratificante saber que as pessoas têm confiança em dividir suas carreiras comigo”.

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Nayara Almeida
De um casamento abusivo à realização do sonho: “encontrei forças para me manter em pé, sobrevivi e venci”
Fruto de um casamento longo e feliz, Nayara se espelhava em sua mãe e seu pai como modelo de família. “Meu pai leva café na cama para a minha mãe até hoje, e eles têm 40 anos de casados. Aprendi que os casamentos devem ser para sempre. Queria ter uma família sólida, criar meus filhos. Mas a vida não é sempre o que a gente deseja, né?”
Criada no Paraná, Nayara e seus irmãos — três mulheres e um homem — dividiam as tarefas da fazenda. Todo mundo ia para o trator, dirigia caminhão, operava colheitadeira. Apesar de querer sempre “os pintinhos debaixo da asa”, o pai criou os filhos para a independência. A vida na fazenda a levou para uma escolha provável: cursar agronomia ou medicina veterinária. “Apesar de tudo, morávamos em uma cidade pequena e meu pai tinha a cabeça machista. Meus pais queriam uma filha dentista ou advogada”, conta.
Quando escolheu a medicina veterinária, Nayara já sabia que queria cuidar de animais de grande porte. Não se via presa em uma clínica — queria o campo aberto! Na faculdade foi uma aluna de destaque, o que a levou a obter um estágio no Uruguai.
No entanto, no ano em que se formou, também se casou e acabou não aproveitando essa oportunidade. Assim, foi com o então marido morar em Santa Catarina, longe dos seus pais e do seu núcleo familiar. “Então me vi casada, sem oportunidade, em uma cidade pequena. Ou eu saía de lá para procurar emprego ou me dedicava ao meu casamento. Optei pela família.”
Mas sua recém-formada família não era o que ela sonhava. Enquanto recordava o bom tratamento que o pai dava à mãe, sua realidade era de um marido distante e pouco afetuoso. O sogro, então, fez uma proposta para que ela trabalhasse na empresa da família, de melhoramento genético de grãos de soja. “Fui com muito empenho, mas foi muito duro. Eu trabalhava demais, cuidava da casa e vivia um casamento hostil. Tinha vergonha de expor à minha família o que eu estava passando”.
Decidiu, então, que queria se dedicar à sua área. Então decidiu montar um laboratório de análises para brucelose e tuberculose em grandes animais. Fez o curso que precisava, mas quando começou a trabalhar, se descobriu grávida. “Eu atuava com zoonoses e não podia trabalhar grávida. Precisei me afastar”.
Assim que nasceu seu filho, o marido começou a cobrá-la para trabalhar. “Eu tinha dois meses de parida e com um marido muito ausente, e ainda era cobrada para produzir, gerar renda”. Foi então que decidiu começar a cozinhar. Com uma sócia, passou a fazer bolacha e pão para vender. A fabricação caseira cresceu e começou a ser vendida para cidades vizinhas.
Foi quando veio mais um baque: o marido anunciou que eles se mudariam de novo. Desta vez, para o Mato Grosso. Novamente sem emprego, sem conhecidos, sem família, no novo lugar, encontrou mais solidão. Imersa em um casamento infeliz, com um filho pequeno, afastada da família e longe da carreira que queria para a vida, Nayara recebeu a notícia do adoecimento da mãe, que não via há sete meses. O pai mandou dinheiro para a passagem e ela foi, junto com o filho, para perto da família. Três dias depois recebeu, via Whatsapp, o pedido de divórcio.
Foi a hora, então, de confessar aos pais o que havia passado. “Eles ouviram e não me deixaram mais ir embora. Eu tinha vergonha da situação, porque achava que casamento era para a vida toda. Expor minha fragilidade para meus pais era assumir que eu havia fracassado. Por isso eu deixava acontecer, deixava meu marido fazer tudo o que fazia, e me sentia cada vez mais depressiva e infeliz”, conta.
Após se instalar novamente no Paraná, Nayara começou a trabalhar em uma cooperativa na cidade de Mangueirinha. Atrás do balcão, lembra, aprendeu mais de farmacologia do que em um ano de faculdade. Ali conheceu uma pessoa que viria a mudar a sua vida — a representante de vendas de uma distribuidora de uma multinacional de Saúde Animal — que a ajudou a enxergar que havia outros caminhos. “Praticamente um ano depois comecei uma nova carreira e me transformei nessa mulher forte, determinada, empoderada, que sabe o que quer.”
Ela ainda lida com o machismo e precisa se provar no campo, no dia a dia. “Na nossa área, precisamos provar nosso valor, tanto pessoal quanto profissional, precisamos mostrar que somos sérias. Tudo o que eu passei foi para me tornar a mulher que eu sou hoje. Eu sou o resultado das dificuldades que passei e de como venci essas barreiras. Hoje, eu sou a Nayara que encontrou forças e, mais que sobreviver, sei que posso passar por muitas coisas e permanecer em pé”.
Sobre a Elanco
A Elanco Animal Health (NYSE: ELAN) é líder global na área de saúde animal e se dedica a inovar e fornecer produtos e serviços para prevenir e tratar doenças em animais de produção e animais de companhia, agregando valor ao trabalho de produtores, tutores, médicos-veterinários e da sociedade como um todo. Com quase 70 anos de tradição no setor, estamos comprometidos em ajudar nossos clientes a melhorar a saúde dos animais sob seus cuidados, além de causar um impacto significativo em nossas comunidades locais e globais. Na Elanco, somos movidos por nossa visão — Alimento e Companheirismo enriquecendo a vida — e nossa estrutura de responsabilidade social — Elanco Healthy Purpose TM — tudo para melhorar a saúde dos animais, das pessoas e do planeta.

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