Safrinha surpreende, derruba preço do milho e pressiona nutrição animal | Condições climáticas excepcionais impulsionam produtividade e derrubam cotações em junho, com impacto direto sobre estratégias nutricionais nas granjas
Safrinha surpreende, derruba preço do milho e pressiona nutrição animal | Condições climáticas excepcionais impulsionam produtividade e derrubam cotações em junho, com impacto direto sobre estratégias nutricionais nas granjas
As chuvas abundantes e bem distribuídas no Centro-Oeste e Sul do Brasil garantiram uma reviravolta na safrinha 2024/25, levando a um aumento expressivo no potencial produtivo do milho e à consequente queda de 17% nos preços agrícolas do cereal em junho, na comparação com o mês anterior. A análise é do relatório mensal do Rabobank sobre grãos e oleaginosas, publicado em 26 de junho.
Segundo o estudo, o bom desempenho da safrinha contrastou com os temores iniciais durante o plantio e foi potencializado por um câmbio mais valorizado e pelo impacto psicológico do caso de gripe aviária reportado em aves silvestres no Brasil. O resultado foi um mercado pressionado e exportações de milho drasticamente reduzidas, totalizando apenas 40 mil toneladas em maio — 78% abaixo do volume de abril e 91% abaixo do registrado no mesmo mês de 2024.
A combinação entre oferta robusta e demanda externa em retração levanta alertas para a cadeia de nutrição animal, especialmente em sistemas intensivos que dependem do milho como base energética. “Com esse nível de oferta, o milho tende a manter cotações deprimidas no curto prazo, o que pode trazer alívio aos custos de formulação, mas exige atenção redobrada à qualidade dos grãos estocados”, aponta o relatório.
No caso da soja, os preços permaneceram praticamente estáveis em junho, enquanto as exportações recuaram 8% no mês, embora o acumulado do ano ainda registre alta de 3% frente a 2024. O Rabobank destaca que, mesmo com a disputa comercial entre Estados Unidos e China, o ritmo de exportação de soja brasileira manteve-se modesto no primeiro semestre de 2025.
Do ponto de vista da nutrição animal, o cenário reforça a necessidade de estratégias mais dinâmicas na composição das dietas, aproveitando oportunidades de curto prazo e reforçando o monitoramento de micotoxinas e qualidade das matérias-primas em momentos de maior volume e armazenagem prolongada.
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