“Na natureza, essas larvas comem esses restos de comida, de resíduos sólidos, de frutas, agindo como descontaminantes ambientais“, explica o professor Simão Vasconcelos, do Departamento de Zoologia da UFPE.
UFPE investe em biofábrica de mosca soldado negra, que consome lixo e transforma em ração animal; Unidade que vai produzir os insetos deve ficar pronta até o final do ano.
A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) está criando uma biofábrica para produzir um tipo de inseto que pode ajudar o meio ambiente consumindo lixo e produzindo insumos para rações animais. A unidade deve estar em funcionamento até o final do ano.
O inseto em questão é o hermetia ilucens, uma mosca de espécie diferente das que são encontradas em residências. Ela é popularmente conhecida como mosca soldado negra.
Das larvas, também pode ser extraído um óleo que atende à indústria farmacêutica.
“Na natureza, essas larvas comem esses restos de comida, de resíduos sólidos, de frutas, agindo como descontaminantes ambientais“, explica o professor Simão Vasconcelos, do Departamento de Zoologia da UFPE.
Hoje, a universidade já possui uma colônia capaz de produzir um quilo de larvas por semana em laboratório. Depois que o espaço passar por uma reforma, deve chegar a produzir esse volume em um dia.
A ração feita a partir da mosca soldado negra alimenta animais de corte, como os bovinos, como um insumo mais sustentável, já que os insetos consomem menos alimento e água do que a maioria das rações animais.
“Nessa primeira fase, vamos fazer um teste de aceitação. Para entender se os clientes estão satisfeitos com o produto, seja ele in natura ou processado”, explica Gabriela Steindorff, doutoranda em Biologia Animal da UFPE.
Como a ração costuma ser vendida em pacotes pequenos, que têm entre 200 e 300 gramas, o volume será suficiente para fazer testes e entender se é viável produzir numa escala maior.
Numa etapa posterior, a fábrica poderá colocar quatro tipo de produtos no mercado:
Fonte: G1 Pernambuco
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