O beta-glucano purificado tem um forte efeito modulador do sistema imunológico, tornando o animal mais resistente aos desafios de saúde. Se você digitar a palavra “beta-glucanos” no Google, em 1 segundo encontrará mais de 1,3 milhão de artigos falando sobre os efeitos benéficos do uso dessas fibras dietéticas na nutrição humana e animal.
Nas últimas décadas, os beta-glucanos têm recebido atenção especial na nutrição humana, principalmente por sua capacidade de ativar os mecanismos de defesa do hospedeiro e por seus efeitos antitumorais, anti-inflamatórios e hipocolesterolêmicos.
Devido ao crescente interesse por alimentos funcionais e às novas leis que proíbem o uso de antibióticos promotores de crescimento, os beta-glucanos também se tornaram um assunto de grande relevância para a nutrição animal. Esse interesse vem do fato de que podem modular funções imunológicas e também são responsáveis por proteger o organismo animal contra infecções e substâncias nocivas.
O QUE SÃO BETA-GLUCANOS?
São fibras não digeríveis que estão presentes na parede celular de diversos microrganismos, como fungos multicelulares, leveduras, bactérias e cereais. Dependendo de sua estrutura molecular, são considerados modificadores da resposta biológica devido ao seu potencial imunomodulador.
Por serem reconhecidos por receptores celulares específicos, eles têm a capacidade de potencializar a resposta imune do hospedeiro.
BETA-GLUCANOS NÃO SÃO TODOS IGUAIS
O mecanismo de imunomodulação mediado pelo beta-glucano depende de sua interação com células imunes localizadas no intestino, que o reconhecem e induzem respostas regulatórias de maior ou menor intensidade.
Nesse sentido, a estrutura do beta-glucano tem grande influência no processo de imunidade, que inclui sua estrutura molecular e pureza. É por isso que nem todos os beta-glucanos são iguais.
O beta-glucano não purificado é um componente da parede celular da levedura Saccharomyces cerevisiae presente em produtos comercializados para nutrição animal, como leveduras secas, hidrolisadas e autolisadas. Sua concentração é em média 25% e está presente na forma de glucomananoproteínas.
A Figura 1 abaixo representa esquematicamente as diferenças nessas estruturas.
Com essa característica molecular, os beta-glucanos purificados (GlucanGold ®) são totalmente fagocitados pelos macrófagos, iniciando os processos de imunidade inata.
Posteriormente, são liberados em partículas ainda menores, nos sistemas linfático e circulatório, interagindo nas vias Th1 e Th2 de produção de citocinas.
A maior ação ocorre na via Th2, com maior liberação de citocinas anti-inflamatórias, como a IL-10, que tende a neutralizar as citocinas inflamatórias resultantes da ativação do sistema Th1 (imunomodulação).
Os beta-glucanos purificados também têm a propriedade de atuar sobre as células B, que produzem anticorpos, possibilitando uma otimização na resposta pós-vacinal. |
Outra ação importante dos beta-glucanos purificados está em sua capacidade de treinar ou programar o sistema imunológico inato dos animais.
Esse recurso, denominado Proteção Imunológica Programada (PIP), promove uma resposta imunológica mais rápida e precisa aos desafios enfrentados em uma situação de reinfecção.
Para saber mais sobre esse assunto, acesse: www.yes.ind.br
Por: Juliana Bueno, Verônica Lisboa, Carlos Ronchi e Luciano Roppa
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