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Sindirações divulga o resultado final do setor de Alimentação Animal em 2021

03 May 2022

Sindirações divulga o resultado final do setor de Alimentação Animal em 2021

A guerra entre Rússia e Ucrânia e a crise logística global são fatores que devem afetar o setor, mas que ainda assim deve crescer em 2022

O Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal (Sindirações), divulga os dados de encerramento de 2021 com produção de 85 milhões de toneladas e crescimento próximo a 4% em relação a 2020. Ao longo de dois anos de pandemia, o setor de alimentação animal mostrou resiliência e superação ao enfrentar inúmeras circunstâncias desfavoráveis, como:

  • A incerteza da disponibilidade de matérias-primas;
  • Instabilidade logística;
  • Acentuada desvalorização cambial;
  • Alta dos combustíveis;
  • Inflação fora de controle.

O período também impactado pela importação de insumos, como vitaminas, aminoácidos e enzimas. Ainda assim conseguiu registrar crescimento em ambos os períodos, 2020 e 2021.

Segue tabela com o saldo final da produção estimada em 2021 e a estimativa para 2022, incluindo a soma total e a quantidade produzida por segmento de produção:
alimentação animal
A previsão é avançar até 3,5% no corrente ano, embora a perspectiva original fosse de um ambiente de produção e negócios mais favorável, com a possibilidade de planejamentos e projeções com menos “intempéries”, sujeitos basicamente ao constante exercício de equilibrar os custos de produção. No entanto, com a invasão da Ucrânia pela Rússia, pairou uma dúvida em relação a segurança alimentar de diversos países, em proporção não vista desde a Segunda Guerra Mundial.

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“Decerto, a amplitude e duração das punições aplicadas à Rússia por invadir a Ucrânia, prejudicarão a dinâmica da economia mundial, dada a volatilidade dos preços, o incremento da inflação e o reduzido crescimento no curto prazo, até a possível debilidade das cadeias globais de suprimento e o enfraquecimento dos mercados financeiros integrados no longo prazo”, avalia Ariovaldo Zani, CEO do Sindirações.

A Rússia é ranqueada como principal exportadora global de gás natural e 2ª. de petróleo; quando somada à Ucrânia, responde por 29% das transações internacionais do trigo e 19% das do milho; enquanto que seu aliado geopolítico, Belarus, abastece praticamente 20% da demanda global de potássio. “As consequentes restrições ao comércio podem incentivar um tipo de nacionalismo alimentar e o aumento proibitivo dos preços eclodir novas revoltas, à semelhança da “Primavera Árabe” de 2011”, diz Zani.

E por conta da deflagração do conflito, a logística continuará a representar um desafio preocupante. Tanto a Ucrânia como a Rússia escoam mais de 90% da sua produção de grãos por meio de portos do Mar Negro, enquanto que os exportadores russos, sofrem com sanções internacionais que bloquearam o seu acesso aos sistemas de pagamentos, além da exclusão por empresas marítimas ao redor do mundo.

 

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“O preço do transporte marítimo já se elevou em 70%. A somatória desses fatores negativos já afeta a contabilidade dos custos operacionais em toda da cadeia agropecuária: lavouras de grãos, processamento industrial, importação de aditivos nutricionais, produção das rações, alimentação dos rebanhos, preços no atacado e varejo ao consumidor. De janeiro de 2020 para cá, o milho dobrou de preço, enquanto o farelo de soja já subiu 130%. Ambos são adicionados quantitativamente às rações à taxa média de 70% e 20%, respectivamente”, informa o CEO do Sindirações.

O agronegócio brasileiro tem ocupado posição destacada no comércio internacional por conta da sua corrente de comércio, caracterizada por robusto desempenho exportador, apoiada nos embarques de grãos e outros gêneros agrícolas, cuja produtividade é garantida pela aplicação nas lavouras de aproximadamente 40 milhões de toneladas de fertilizantes importados (nitrogenados, fosfatados e potássicos), além dos defensivos. Igualmente para a proteína animal, os recordes embarcados advêm de vantagens competitivas (preço e qualidade) que são moduladas, tanto pelo custo, quanto pela disponibilidade do milho, farelo de soja e derivados de trigo que alimentam os planteis de aves, suínos e bovinos.

“A garantia dessa condição privilegiada requer a maturação de medidas de enfrentamento a qualquer hipotética ameaça, e que a depender dos desdobramentos do conflito, pode ser representada por uma possível aliança político-econômica entre o Leste Europeu e a China. Assim como a Rússia, o Brasil detém grande potencial agrícola e energético e o esforço será ampliar ainda mais a participação no abastecimento externo. Por outro lado, é cada vez mais evidente a necessidade de investimentos em infraestrutura de distribuição para aproveitamento da geração de energia já instalada por aqui”, complementa Zani.

 

SOBRE O SINDIRAÇÕES
O Sindicato Nacional da Indústria de Alimentação Animal – Sindirações atua como interlocutor da indústria de alimentação animal com o objetivo de promover um ambiente competitivo adequado para a produção do alimento animal seguro. Fundado em 1953, o Sindirações é o principal representante da indústria brasileira de rações, concentrados, núcleos, premixes e suplementos/sal mineral junto aos principais organismos nacionais e internacionais.

A entidade reúne 140 associados, que representam 90% do mercado de produtos destinados à alimentação animal, incluindo as empresas que importam e comercializam insumos, e aquelas que utilizam para consumo próprio. As prioridades concentram-se na segurança dos alimentos; regulamentação; negociação trabalhista; acreditação de programas de qualidade; contribuição para assuntos tributários; garantia de suprimento; participação ativa perante organismos internacionais e garantia da sustentabilidade econômico-financeira do setor. Com sede em São Paulo, no edifício da FIESP, o Sindirações é filiado a FEEDLATINA, Asociación de las Indústrias de Alimentación Animal de America Latina y Caribe e à IFIF – International Feed Industry Federation. Mais informações pelo Facebook, Instagram, Twitter, ou pelo canal do Youtube.

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