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Comércio exterior: agronegócio é um dos setores com maior contribuição

19 May 2022

Comércio exterior: agronegócio é um dos setores com maior contribuição

O agronegócio exportou US$ 14,9 bilhões em abril (gráfico 1), o que contribuiu para um superávit de US$ 13,6 bilhões no saldo da balança comercial do setor, crescimento de 15,2% diante de abril de 2021.

 

Em contrapartida, os demais bens – todos os produtos comercializados, exceto os produtos do agronegócio
– fecharam abril com déficit de US$ 5,5 bilhões, US$ 3,7 bilhões a mais que no mesmo período do ano anterior.

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Ainda assim, o resultado total da balança comercial, que considera os produtos de todos os setores, encerrou abril com superávit de US$ 8,1 bilhões. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve um crescimento em valor exportado de 14,9%.

Este resultado segue uma tendência de alta observada desde fevereiro de 2021, que teve seu pico nos primeiros meses deste ano (gráfico 2) – período de entressafra e típico de baixas importações para o Brasil.

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As importações brasileiras do agronegócio totalizaram US$ 1,3 bilhão no mês (gráfico 3), o que representa uma alta de 11,7% na comparação interanual, mas uma queda de 9,5% em relação ao mês anterior.

 

A taxa de crescimento interanual do valor importado nos últimos meses tem registrado tendência de alta (gráfico 4), em decorrência da elevação do preço médio desses produtos.

O resultado da balança comercial do agronegócio no acumulado do ano (de janeiro a abril) foi bastante expressivo, com superávit de US$ 43,7 bilhões, com as exportações apresentando alta de 34,9% e as importações registrando estabilidade, diante de igual período de 2021.

Com esse resultado, o agronegócio foi um dos setores que mais contribuíram para o crescimento de 24,1% no total das exportações nestes primeiros meses do ano. O saldo da balança comercial total, que é a soma de todos os setores da economia, apresentou superávit de US$ 20,2 bilhões, diante dos US$ 18,1 bilhões em 2021, crescimento de 11,8% até agora.

Na comparação com os anos anteriores, desde dezembro de 2021, o Brasil tem exportado mais (em termos de valor) que nos anos anteriores.

Em abril, essa tendência foi novamente observada:

A alta nos preços internacionais das commodities, inclusive das commodities agropecuárias, continua sendo o principal fator que explica esse desempenho.

Produtos exportados

Entre os principais produtos, destaque para a soja, que segue liderando as exportações do agronegócio brasileiro, porém com alteração na composição do mix entre grão, farelo e  óleo.

A soja em grão apresentou significativa queda no volume exportado em relação a abril do ano passado. A principal razão é que o maior consumidor, a China, vem enfrentando uma sobreoferta de carne suína, o que resultou na formação de estoques de carne congelada e reduziu os investimentos na reposição do rebanho, refletindo na menor demanda por rações.

Além disso, o gigante asiático já havia adotado, na safra passada, uma maior distribuição das compras ao longo do ano, alternando entre a soja brasileira e a de outros concorrentes, visando fugir da elevação dos preços normalmente verificada no segundo trimestre de cada ano.

Já os derivados, óleo e farelo, apresentaram importante incremento, tanto nas quantidades quanto nos preços.

O farelo de soja chegou a ultrapassar o valor das exportações de carne bovina, até então o segundo principal produto da pauta de exportações do agronegócio.

A demanda chinesa por carne bovina, por sua vez, segue em ritmo crescente, resultando em preços médios de exportação ainda elevados. Isso ocorre mesmo com outros concorrentes, como Austrália e Estados Unidos, apresentando recuperação de seus rebanhos.

O preço médio da carne exportada avançou 27,9% na comparação com abril passado, diante de um aumento de 22,1% nas quantidades enviadas.

Em contrapartida, as exportações de carne suína seguem aquém do ano passado, tanto em preço quanto em volume, em razão da mencionada sobreoferta na China. A drástica redução das compras daquele país foi apenas parcialmente compensada pela entrada da carne suína brasileira em novos mercados, fazendo com que abril fechasse com um cenário semelhante ao dos meses anteriores, com queda de 8,8% no volume e de 9,0% no preço médio em relação a abril de 2021.

A carne de frango, por sua vez, segue expandindo mercados. O produto é outro no qual a Ucrânia tinha importante presença na Ásia, trazendo perspectivas de que o crescimento das exportações prossiga ao longo do ano. Chama atenção o aumento dos preços médios da ave, que avançaram 27,2% e registram um aumento de 5,6% nas quantidades exportadas no mês.

 

 

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