A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que a questão da sustentabilidade no agro é um pré-requisito para que os produtores obtenham recursos internacionais.
“Sabemos da existência de trilhões de dólares em busca de boas alternativas de investimento, melhores retornos e riscos menores. E o agronegócio brasileiro tem a resposta para isso”, destacou Tereza Cristina.
“Nosso mercado bancário e de capitais está maduro e pronto para receber investidores do mundo todo”, disse ela, acrescentando que o agro brasileiro necessita de US$ 100 bilhões por ano para capital de giro.
Segundo a ministra, para melhorar o acesso ao mercado de investimentos verdes, é preciso desburocratizar o ingresso de recursos externos e rever os aspectos tributários.
Nesse sentido, foi aprovada a Lei do Agro, que simplifica e dá segurança às operações financeiras. Outra ação foi assinatura de memorando com a Climate Bond Initiative, para aumentar a oferta de títulos verdes confiáveis pelo Brasil.
Além disso, o Ministério da Agricultura lançou as bases para o Plano ABC+, que prevê ações para estimular a adoção de práticas e tecnologias de baixa emissão de carbono no período de 2020 a 2030.
“Estamos orientando as ações de mitigação de emissão de gases de efeito estufa e sustentabilidade para consolidar uma agropecuária moderna e atenta às necessidades ambientais do mundo atual. Nossa agropecuária será, ainda mais, parceira da preservação do meio ambiente”, ressaltou Tereza Cristina, lembrando que o setor “é altamente dependente dos recursos naturais”.
Para o diretor da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA), Marcos Fava Neves, é no setor de economia verde, onde o sistema de produção segue etapas que atendem a processos justos, economicamente viáveis e ambientalmente adequados, que as empresas e empreendedores do agro terão nos próximos anos a oportunidade de captar e movimentar “recursos bilionários”.
“É nesse setor que o dinheiro estará disponível para projetos setoriais e empresariais”. Mas para que isso aconteça, Fava salientou que as empresas e cadeias produtivas devem estar capacitadas para melhorar seus relatórios de sustentabilidade e obter mais recursos. Nesse sentido, acrescentou o diretor da SNA, “é preciso se apoiar em um tripé composto por três fatores: pessoas, planeta e lucro”.
O campo da infraestrutura e da inovação, passando também pelo viés da sustentabilidade, o Ministério da Agricultura continua a reunir esforços para melhorar o setor de logística, mediante a complementação e finalização de projetos de ferrovias, rodovias, entre outros, e ampliar a conectividade no campo, a partir de ações baseadas no uso de tecnologias como satélites, cabos de fibra ótica e telecom, que inclui a nova geração 5G.
Fonte: Sociedade Nacional de Agricultura | SNA
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